Igor Soares propõe pulverização aérea e repelente para gestantes contra mosquito da dengue
“Não podemos mais esperar para adotarmos medidas drásticas no combate ao Aedes aegypti”. A frase é do deputado estadual Igor Soares (PTN) que, preocupado com a proliferação da dengue, zika vírus e chikungunya em todo o estado, tem buscado soluções para ajudar no combate aos focos do mosquito, transmissor das três doenças.
O parlamentar apresentou na Assembleia Legislativa o projeto de lei 63/2016 que autoriza o governo do Estado de São Paulo a utilizar o mecanismo de pulverização aérea para combater os focos do mosquito. Igor também apresentou a proposta 70/2016, que obriga o Poder Executivo a disponibilizar repelentes a todas as mulheres gestantes no Estado de São Paulo.
“É fato que o Brasil vive hoje uma epidemia de dengue com mais de 745 mil casos já diagnosticados e confirmados. Mas agora há também o zika vírus que atinge diretamente a formação do cérebro da criança causando danos irreparáveis por toda a vida”, ressalta Igor.
A primeira proposta tem o objetivo de que helicópteros da Polícia Militar, Bombeiros, Defesa Civil, drones e aviões de pequeno porte, sejam utilizados para despejar inseticida para alcançar os focos mais difíceis, como telhados e terrenos baldios, além de águas paradas afastadas das vias públicas. A meta é eliminar de forma definitiva o inseto. “O combate aéreo conta com o fator velocidade, já que os mosquitos não terão tempo de fugir da nuvem de produto, atingindo mais de quatrocentos quarteirões em apenas uma hora de voo”, defende o parlamentar.
A utilização da pulverização aérea é um instrumento que já é utilizado em vários países como Estados Unidos, Colômbia, Cuba e Hungria, e já foi feito no litoral de São Paulo, nos anos 1970, quando ocorreu uma epidemia de encefalite equina, também transmitida pelo Aedes.
Igor explica que a proposta não causa riscos, pois prevê o acompanhamento de especialistas. “A pulverização aérea deverá obrigatoriamente ser acompanhada por especialistas como biólogos, entomólogos (especialistas em insetos), médicos, ecologistas e pela Secretaria Estadual de Saúde, que verificará as condições das áreas atingidas antes e depois das aplicações”, ressalta o deputado.
Quanto aos repelentes para gestantes, o projeto estipula que caberá à Secretária da Saúde estabelecer os critérios para o uso e só serão utilizados repelentes com propriedade já testada e aprovada pelo Ministério da Saúde capaz de repelir o mosquito.