“Acreditar! Se você tiver um objetivo mesmo, vai alcançar! ” ENTREVISTA: Ator Marcus Veríssimo
O ator que estreou a peça “O Impostor Geral”, no último domingo – 11/10, Marcus Veríssimo, conta ao Canal Itapevi um pouco de sua trajetória no teatro.
Ex-corretor imobiliário em Itapevi, Marcus Veríssimo, no auge de seus 32 anos, traz em seu currículo um extenso repertório de estudos e especializações nas áreas da interpretação e do circo. Entre eles, estudou teatro Shakespeariano na Globe-SP, estudos do corpo na Lume em Barão Geraldo – Campinas, curso de câmera para cinema com a cineasta Luciana Canton, técnicas de Commdia dell’arte (teatro popular da Itália do século XV e XVI, no qual a ação cênica ocorria no improviso dos atores), além de fazer há 3 anos acrobacias solo em circo.
O interesse pelo teatro acontece após uma viagem a Bali na Indonésia. Lá, o ator conheceu e se emocionou com o Teatro Balinês, “Achei maravilhoso! As máscaras e como era uma história contada só com o corpo. Sem eles falarem uma única palavra, você chora e ri muito… “, conta Marcus. O Teatro Balinês constrói o cênico milenar com seus gestos, danças e gritos lançados ao ar. Sob o ângulo da alucinação e do medo, elementos míticos contam histórias e lições de sua tradição. “Me interessou como o corpo pode servir de passagem para a pessoa se entender, um espelho para compreender o que acontece em uma sociedade… mudou a minha vida! ”, afirma o ator.
Teatro x TV. Pesando as duas possibilidades, o ator diz que TV abre mais portas ao artista. Grandes empresas como a Globo são responsáveis pela visibilidade de um ator. “Em qualquer profissão desejamos chegar a empresa mais forte. A Globo é visada devido a exposição e o respaldo que oferece – uma grande empresa para se trabalhar! ”, diz o ator. “ Entretanto, não se compara ao tesão do teatro. O fazer ao vivo e alcançar a resposta na hora – dou muito valor a isso”.
Além da atual peça infantil em cartaz, Marcus tem em seu repertório personagens interpretados em: “A nova roupa do rei”, “Os três porquinhos” e “Aladim”. Quando o assunto são os pequeninos, o ator revela a emoção que é atuar para eles: “A resposta de uma criança é muito sincera, a gente olha nos olhos e ela mostra se gostou ou não. Quando a criança chora, chora muito, mas quando se trata de rir, ri pra valer! A criança te passa realidade, e isso é assustador e maravilho”.
Para “o Impostor Geral” foram seis meses de trabalho junto com a companhia NÚCLEO SEM QUERER de Tentativas Teatrais, aprofundaram-se no assunto original da peça que se trata de uma crítica política, para assim adaptá-la ao público infantil. Todos os atores juntos estudaram circo e música, construíram a peça do começo e enfrentaram as dificuldades de verba e patrocínio, contando até mesmo com a ajuda financeira de amigos.
O simpático e despojado ator de sorriso fácil, fala que uma característica que deve haver em um ator é a perseverança. “Você pode se frustrar se pensar que vai estudar teatro e começar fazendo uma peça – não! Tem que aprender muita coisa, evoluir sua voz, sua respiração, seu corpo, para assim fazer alguma coisa boa no teatro. Uma parte desiste porque não encontra patrocínio. O fato é que ninguém ganha bem no começo fazendo só teatro, você se vira arranjando outros meios de ganho, desta forma, muitos desistem rápido”. Mas esse não o seu caso, pois trabalhos realizados por Marcus Veríssimo juntos a suas companhias teatrais são prova de sua perseverança e trabalho sério. Sua motivação é mostrar as pessoas, por meio da cultura dos palcos, crítica em forma de arte, “estou acreditando nisso para poder seguir”, conta o ator ao Canal Itapevi.
Por: Paula Lopes