Prefeitura inicia montagem de canteiros do projeto Horta Escolar Conexão Alelo
Prefeitura inicia montagem de canteiros do projeto Horta Escolar Conexão Alelo
Alunos de 10 escolas da rede municipal serão beneficiados pelo programa em 2018
A Prefeitura deu início, na terça-feira (24), à montagem de hortas do projeto Horta Escolar Conexão Alelo. As primeiras unidades escolares a receber a ação foram os Cemebs Prof. Carlos Ramiro de Castro (Cohab II) e Cecília Belli (Jardim Portela). A ação é uma parceria da Prefeitura com a ONG Conexão – Serviço de Integração Social e a empresa Alelo.
Até o final de 2018, 6,2 mil alunos de 10 escolas municipais serão beneficiados pelo programa. Aproximadamente 12 mil mudas serão plantadas no período. Além disso, a iniciativa tem como meta atingir 30 mil pessoas, incluindo pais e comunidade escolar.
O objetivo é difundir práticas que reforcem e melhorem os hábitos alimentares por meio de ações educativas e interativas, que motivem as famílias a fazerem escolhas mais conscientes, bem como desenvolver práticas sustentáveis, criando oportunidades para que os alunos do ensino público se tornem protagonistas de hábitos alimentares saudáveis na escola e dentro de casa.
Na quarta-feira (25), foi a vez dos Cemebs Governador André Franco Montoro (Vila Dr. Cardoso) e do Papa João Paulo II (Jardim Hokkaido) receberam seus canteiros. Nesta quinta-feira (26), foram montadas as hortas escolares do Cemebs Jornalista João Valério de Paula Neto (Amador Bueno) e Mário Thomaz de Oliveira (Jardim Vitápolis).
Os estudantes estão aprendendo sobre hábitos alimentares saudáveis, com palestras, oficinas de reaproveitamento de alimentos e a criação de hortas ecológicas com utilização de materiais recicláveis. Aproximadamente 600 alunos multiplicadores participam da ação, além de 30 voluntários diretos – entre professores, merendeiras e funcionários das escolas parceiras – e 15 agentes facilitadores.
As montagens acontecem das 8h às 14h, inicialmente com o plantio de mudas de alface. “É um alimento rápido de fixar-se ao solo e, em cerca de 40 dias, já é possível fazer a colheita. Caso em algum canteiro a planta não cresça conseguimos corrigir o preparo da terra para melhor aproveitamento do solo”, explica a diretora da ONG Conexão, Cleuza Armezindo dos Santos. “Dando tudo certo, passamos a plantar futuramente temperos e hortaliças, como escarola e abobrinha”, diz.
Na sexta-feira (27) quem começa a cuidar das horas são os alunos do Cemebs Presidente Tancredo de Almeida Neves (Jardim Itacolomi) e Bemvindo Moreira Nery (Cohab). Os estudantes do Cemeb Irany Toledo Moraes (Jardim Santa Rita), por sua vez, montarão o canteiro na próxima quarta-feira (2), e os da escola Dona Maria Roncagli Michelotti (Jardim Vitápolis), na próxima sexta-feira (4).
Todas as escolas recebem material necessário para a montagem dos canteiros, sementes e mudas para o plantio, além de cartilhas educativas sobre o assunto. “O projeto”, diz a secretária-adjunta de Educação, Eliana Silva, “cria oportunidades para que os estudantes se tornem protagonistas de hábitos alimentares saudáveis na escola e em casa”, afirma.
A ação já está sendo implementada desde janeiro deste ano, quando as equipes técnicas da ONG começaram a capacitar a comunidade escolar para desenvolver as atividades do projeto. O projeto foi lançado oficialmente em março.
Como funciona
O projeto estabelece que cada escola crie um Grupo de Apoio Escolar (composto de professores, merendeiras, direção e coordenação pedagógica) para o desenvolvimento do projeto. Os profissionais recebem capacitação específica e também criam um grupo de 40 alunos que são chamados de multiplicadores, que tem a finalidade de ampliar os conhecimentos aprendidos para os demais colegas.
A partir daí, as equipes montam seus canteiros e hortas com hortaliças e temperos em local designado pela escola, sendo realizada com acompanhamento da direção da escola e sob a monitoria e orientação de professores e de agentes facilitadores. Os espaços de cultivo da horta escolar serão cuidados semanalmente pelos estudantes, Grupo de Apoio Escolar sob a orientação dos facilitadores.
Estão previstas também ações de voluntariado e de colheitas, nas quais os estudantes poderão degustar (em casa e/ou na escola) os alimentos colhidos e desenvolver receitas com os alimentos cultivados. Os alunos ainda serão estimulados a pesquisar sobre o tema e discutir em sala de aula e com familiares o aprendizado obtido.
Segundo Cleuza, o projeto contribui com as práticas pedagógicas da escola. “A iniciativa desperta nos alunos hábitos de uma alimentação saudável e a fazerem melhores escolhas em relação à sua alimentação. O projeto Horta Escolar Conexão Alelo desenvolve práticas sustentáveis e prazerosas de plantar, cuidar, colher e consumir alimentos sem agrotóxicos, benéficos a sua saúde”, explicou.
Para o consultor interno de Gente e Gestão da Alelo, Fernando Gil, além do projeto propor mudança nos hábitos alimentares das crianças da cidade, ele assegura o envolvimento de uma comunidade ainda maior. “Apoiamos a ação porque vemos a seriedade e comprometimento de todos os participantes no desenvolvimento da nossa sociedade. Neste projeto, um levantamento que fizemos, demonstrou que cerca de 20% das crianças que participam dele levam as hortas para dentro de suas casas e transformam os hábitos das suas famílias também”, disse.
O projeto Horta Escolar é desenvolvido desde 2014. A iniciativa já foi implementada nas cidades de Carapicuíba, Barueri e Jandira. Nestes anos, o projeto já alcançou 72 mil mudas plantadas, 38 toneladas de alimentos consumidos e havia sido percorrido em 25 escolas destas regiões e agora chega a 35 com as 10 novas unidades de Itapevi. A estimativa é de que 100 mil pessoas foram impactadas entre pais, familiares e comunidade.
Foto: Felipe Barros/ Ex-Libris/ Secom PMI