Repensando o Planejamento Estratégico por Roberto Barbosa Rodrigues
Navegar é preciso, dizia o poeta lusitano. Planejar é indispensável, reconhece o homem contemporâneo. Estes conceitos e muitos outros estão presentes no livro “Repensando o Planejamento Estratégico” do autor, o advogado Dr. Roberto Barbosa Rodrigues.
Navegar é preciso, dizia o poeta lusitano. Planejar é indispensável, reconhece o homem contemporâneo.
Segundo Kalyan Banerjee, Presidente do Rotary Internacional, eleito para este ano, “Para alcançar qualquer coisa neste mundo, devemos usar todos os recursos disponíveis. E o único lugar para começarmos é com nós mesmos e dentro de nós mesmos”.
Segundo ele, depois de encontrar sua força interior, os rotarianos poderão realizar grandes feitos em suas comunidades e no mundo. “Encontre sua essência, desenvolva sua força interior e, sem hesitar, siga em frente e abrace o mundo para envolver a humanidade”.
A introspecção é a principal característica da filosofia de Sócrates. E exprime-se no famoso lema, conhece-te a ti mesmo, isto é, torna-te consciente de tua ignorância, como sendo o ápice da sabedoria, que é o desejo da ciência mediante a virtude.
Partamos do “conhece-te a ti mesmo” socrático-platônico. Conhecer a si mesmo, para Platão, significava conhecer seus processos de pensamento, buscando, dentro de si, os melhores caminhos para orientar a vida, tanto a vida pública, quanto a vida pessoal.
A razão de ser da sua vida é você mesmo. A sua paz interior deve ser a sua meta de vida; quando sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda falta algo, mesmo tendo tudo, remeta o seu pensamento para os seus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe dentro de si. Assim entendia Aristóteles.
O retorno à pureza da consciência natural é o dever fundamental de todo homem, segundo Rousseau, Com isso, ele retoma de certa forma, ao “conhece-te a ti mesmo” socrático. Sócrates reivindicou como centro do pensar filosófico o próprio homem e os valores que orientam sua conduta. Mas a diferença maior entre Sócrates e Rousseau não reside nisso, mas no fato de que o “conhece-te a ti mesmo” socrático é tarefa intelectual a cargo da razão, e Rousseau, ao contrário, vê no intelecto uma faculdade que conduz o homem para fora de si mesmo. Rousseau aponta o sentimento, essa “outra faculdade infinitamente mais sublime”, como verdadeiro caminho para a penetração na essência da interioridade.
Mazzarino, como émulo menor de Maquiavel, discípulo de Richelieu, e preceptor do Rei Sol, Luiz XIV, da França, vê a política como uma atividade amoral, baseada em duas máscaras: a da simulação e a da dissimulação. Para tanto, ao empunhá-las, o praticante deve esvaziar-se de si mesmo, expurgar a autenticidade, evitar denunciar-se pela emoção, porque “quase sempre os sentimentos mais profundos do coração se estabelecem em claras notas pintadas no semblante.” Promove, no lugar da ética, o ardil, a astúcia e o cinismo.
“Conheces teu inimigo e conhece-te a ti mesmo; se tiveres cem combates a travar, cem vezes serás vitorioso. Se ignoras teu inimigo e conheces a ti mesmo, tuas chances de perder e de ganhar serão idênticas. Se ignoras ao mesmo tempo teu inimigo e a ti mesmo, só contarás teus combates por tuas derrotas”. Sun Tzu.
Alie estes princípios a evolução dos tempos e do homem, ao conhecimento do dinheiro e sua história e modele tudo isso com legalidade, moral e ética, e terá uma ferramenta poderosa para criar um planejamento muito próximo da perfeição.
Obra: REPENSANDO O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – Editora Nobre
Autor: Dr. Roberto Barbosa Rodrigues.